quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Palavras para meu amor.


Eram 2:00 da madrugada, ele olhava para fora e tentava encontrar em sua mente a melhor forma de morrer. Indolor, rápida, transparente. Em algum lugar no caminho ele sabia que havia se perdido. O céu estava cada vez mais obscuro, os minutos passavam, ele tivera algumas idéias. Ele caminhou até o computador e viu uma mensagem.

Eram 2:00 da madrugada, ela acabara de digitar uma mensagem, se deitou na cama ao lado do computador e encarou o teto, as paredes e seu bichinho de dormir, mais específicamente sua leoa de pelúcia. Ela estava confusa sobre o que fazer, seus pensamentos estavam embaçados. Ela sentia a falta dele.

"Amor, boa noite." Três palavras.

Ele a respondeu. Ela se sentou. Ele contou a ela de seus planos suicidas, e ela prestou atenção, ao terminar ela sabia que estava tudo perdido."Não vou deixar que isso aconteça, nunca mais". As lágrimas escorriam de seus olhos involuntariamente, até aquele momento ela não tinha consciência do tamanho de seu sentimento... Uma angústia cada vez maior, suas pálpebras pesavam, ela não podia deixá-lo. Ela não aguentaria sem ele. Ela o amava.

Um sentimento muito maior do que ela poderia supor, era algo que nunca havia passado por sua cabeça. Ele disse "feche seus olhos e me abrace". Ela o abraçou com todas as suas forças, e eles sabiam que naquele momento, a ligação estava feita. E ela não se romperia. E os uniria para sempre.


Não é nada pessoal, eu te amo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Pedrinho vai à Ibiúna.

Os olhos dele brilhavam sempre que conversávamos. Ele é do tipo que se mistura fácil mas que é totalmente notável. Simpático, bonito, inteligente... músico. O tipo perfeito. A não ser pelo fato de ser tão colorido. Ele era um amor. Um ano mais novo. Sua história me comoveu, me fez sentir impura por ja tentar suicídio, mas acima de tudo, me fez pensar. Aquele garoto cujo canto era incrivelmente bonito, tão amável... ele me encantou do início ao fim. Ele foi gentil e conversou comigo normalmente.
Era tarde, quase na hora do toque de recolher, meu melhor amigo descia as escadas e conversava comigo e com ele, "o garoto restart" ele apresentou, nós rimos, conversamos sobre música e gostos. O bumbo, todos aos seus quartos. E dia após dia continuávamos nossa conversa. Não é nada pessoal pequeno, mas você é tão colorido.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Roses, chocolates and bullets.


03 de outubro.


Era tarde. Uma noite entediante. Cadeiras sobre mesas no restaurante dos pais de minha queria Julliet, uma pistola, e frascos de heroína. Caixas de bobons abertas, consumidas pela metade. Uma idéia, que eu talvez nunca queria ter ouvido. "Roleta Russa meu amor. Vamos, não há nada para perder!" Julliet gritou animada. Algo que eu nunca queria ter aceitado. "Covarde! Jacoby seu covarde!". "Eu te amo minha querida". "Eu também te amo meu amor". O barulho da bala saindo da arma e disparando contra minha única esperança de uma vida dilacerou totalmente meu coração. Parecia vidro se quebrando. As lágrimas escorriam pelo meu rosto e o sangue de Julliet pingava em minhas mãos. Um grito que demorou demais para sair. "Meu amor!", a dor fazia com que meu corpo se contorcesse segurando o dela ja sem vida. Estavamos drogados, bêbado e nos amávamos demais. O sexo era prazeroso, e ainda mais romântico, eu nào viveria mais depois dali.


10 de outubro.


Era uma tarde quente de verão. Estava sentado em frente à lápide de minha amada que agora repousava sem vida abaixo da terra. Minha vida... ou melhor, minha existência, não fazia mais sentido. Minha linda menina de pele muito clara e cabelos muito negros. Tatuagens, piercings, alargadores. Sua magreza me surpreendia. Seu sorriso misterioso com covinhas lindas. Mãos macias e delicadas. Para sempre Julliet.


19 de fevereiro.


Ela era ruiva, uma ruiva natural, seus lindos e inocentes olhos azuis seguiam-me. Pequena, magra, com curvas suaves, covinhas. "Qual seu nome?", "Pandora", sua vóz doce sussurrou. Ela era linda.


22 de fevereiro.


O sexo era incrível, era ardente, me consumia, me fazia querer estar ao seu lado a todo momento. Mas ela não me interessava mais. Eu não à amava. Nunca poderia amar alguém que não fosse Julliet. Sentiria sua falta para sempre. "Porque não me quer?", ela chorava. "Não amarei outra que não seja Julliet". Ela correu para a cozinha, pegou a pistola, e se suicidou. A culpa novamente era minha. A morte de mais uma linda garota. Que não tinha culpa de nada.


03 de março.


21 anos, um amor perdido, uma vida desperdiçada. Não é nada pessoal, mas agora caminho para o suicídio. Uma vida curta, mas muito amada. Amarei você até meu fim Julliet.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Vóz de anjo.


Por dias encarava o teto a procura de algo que me chamasse a atenção. Na verdade a única coisa que consegui foi encontrar meu eu em branco e cinza no mofo da parede. Eu levantava e perambulava pelo quarto esperando o dia amanhecer, era quando lembrava de tudo o que haviam me dito pouco antes do início do show. " Você sabe que não irá terminar com isso, não temos tempo a perder". Lágrimas surgiam quentes em meus olhos cor de mel. Lágrimas de tristeza por saber que não era digna nem do respeito de um amigo. Um amigo que não quis nem olhar nos meus olhos depois disso. Um amigo? Fechei os olhos e virei-me para a esquerda, abracei meu ursinho de dormir e pensei em meu anjo. Meu anjinho... meu anjinho magro, alto, de cabelos cachiados, de óculos. Anjo Gabriel? Seus abraços me confortam, me protegem e me ajudam a superar tudo. Quando me abraça eu sinto a vibração de suas cordas vocais e seu diafrágma a me dizerem coisas bonitas. E isso faz tudo passar. Não é nada pessoal, mas vou deixar me envolver.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Eterno


"Eu não vou te abandonar!" estava estampado no rosto dele. Era mentira. Mas ela preferiu acreditar nele do que enfrentar a realidade. Ela sabia que era mentira, mas ela só queria seu amor, ela o amava. Não queria mais sofrer por estar longe dele. Mesmo com todas as mentiras e grosserias. Mas depois de tudo ele a amava, mesmo a fazendo sofrer, mesmo a fezendo adoecer. E ela sabia que ele a amava mas que poderia a abandonar.

Naquela noite, algo aconteceu. Estava frio, e o telefone estava fora do gancho. Ele estava deitado na cama, e a janela estava aberta. Nevava, ela caminhou até a janela e olhou para o céu negro. Decidida que não iria mais sofrer por amor subiu e se sentou na grade. De repente um estalo. Ele acordou suando, e procurou sua doce Carolline, ela não estava lá, ele olhou para o telefone fora do gancho e a janela da sacada abeta. Se levantou correndo, suando frio e foi até o telefone, havia um papel ao lado do telefone, estava escrito com letra de forma, a letra de seu amor. Lá lia-se:

"Querido Cássio,
eu sei o quanto é difícil ficar do meu lado,
e sei que tenho sido um fardo para você
mas minha doença não fará você pagar
pelo que não precisa. Eu te amo querido.
Você sempre será meu herói.

This heart, it beats, beats for only you
My heart is yours."

Ele percebeu suas lágrimas escorrendo pelo rosto e correu até a sacada. Olhou para baixo e viu o corpo ja sem vida de sua amada estirado no chão. Ele desabou no chão e pensava "isso não pode ter acontecido, não com a minha Carolline, não com a minha doce Carolline." Ele foi até a mesa pegou um pedaço de papel e escreveu.

Dois meses se passaram, enquanto muitos percebiam a falta de vida na casa, isso chamou a atenção da polícia e da imprensa, e alguns jovens do instituto policial de investigação e perícia foram investigar. Ao entrarem no vasto jardim da casa viram o gelo derretendo, tudo normal, até tocarem a campainha. Ninguém os atendeu, eles deram a volta até a parte de traz da casa. A porta dos fundos estava aberta. Os jovens entraram e procuraram por alguém, cada um foi para um dos cantos da casa. Uma moça, subiu as escada, entrou no quarto de Carolline e Cássio. Lá, caido pelo chão, havia um pedaço rasgado de papel , um copo de gim e um frasquinho de veneno. Ela colocou as luvas e pegou o papel, lá estava escrito:

"Amigos e amigas,
eu peço perdão para todos vocês,
mas eu nunca viveria sem minha
doce Carolline. Esta noite deixo
vocês e vou em busca de minha
amada na eternidade.
Eu errei em não aceitar-la e nem
exibi-la antes mas tive vergonha
de sua doença. Mas agora isso
acabou. Meu amor, vou em sua
busca. Eu te amo. E te amarei
até a eternidade."

A moça caminhou até a sacada e viu, a jovem moça de vestido branco de mãos dadas com seu grande amor. Carolline e Cássio seriam felizes até a eternidade.

Informe: Foram encontrados mortos em sua casa de campo Carolline de Oliveira Mattos e Cássio de Oliveira mattos, foi comprovado que por meio de suicídio, mas Carolline era portadora de uma doença rara em que seu corpo não absorvia as vitaminas necessárias, isso lhe causou um emagrecimento forçado e que em breve a mataria. A eles deixamos nosso humilde sentimento de saudades e os desejamos e ao seu amor que vivam eternamente.

Um amor nunca é grande demais ou pequeno demais, mas uma coisa é certa: ele nunca acaba. Mas não deiche de amar, e acreditem, não é nada pessoal.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Anjo ou Demônio


Faltava dez minutos para a meia noite. Era uma noite especial, era uma virada de ano diferente das outras. Era a primeira depois que eu havia completado dezoito anos. E a primeira que eu passaria com amigos, um dos meus sonhos, o de virar o ano nas areias de copacabana oferecendo rosas para Iemanja. Mas havia algo errado... estava tudo perfeito... perfeito demais. Aí sim eu me dei conta. Meus amigos sumiram e eu nem percebera. De repente a praia ficou vazia. Onde estariam todos? "Que é aquilo saindo da água?" me perguntei. Era um homem incrivelmente bonito, e ele vinha na minha direção. Espera, eu o conheço... é aquele garoto da faculdade que todas as garotas queriam como namorado. Era lindo, era incrivelmente lindo. Ele estava próximo, próximo até demais de mim... e então, ele me tocou. Foi como tocar uma pedra de gelo. então algo descera do céu... era meu melhor amigo, Gabriel. "Mas como?" As longas asas de penas brancas me envolveram com agilidade e estava quente. Era confortante. Mas aquela sensação durou pouco... o garoto angelical foi arrancado de mim pelo incrivelmente bonito demônio. Eu não entendia o que acontecera. Algo me acertou na nuca e tudo escureceu.

Ofuscados por uma luz forte, meus olhos abriram e lacrimejaram. Uma figura angelical estava parada em minha frente e chamando meu nome. Era Gabriel... "mas o que aconteceu?" eu perguntei aturdida. "Você desmaiou quando entrou na água" ele respondeu preocupado. "E depois?" , "eu a tirei de lá e a trouxe para a areia". "Tem certeza?", "claro!" eu me levantei e abracei-o forte, nesse instante iniciou-se a queima de fogos, lágrimas escorriam dos meus olhos. "O que houve?" ele disse. "Promete que vai ficar comigo sempre?" "mas porque isso agora?" "por favor, só responda". "Sim Mari, eu prometo. E te protegerei sempre." "Obrigada." "Eu te amo". Coloquei minhas mãos em seu rosto e o beijei. "Eu também, meu anjo." "Para sempre".
Olhávamos para o céu enquanto a queima de fogos acontecia. Mas por traz de uma árvore, eu podia jurar ter visto a silhueta perfeita do belíssimo demônio que tentara me roubar dos braços de meu anjo. E, então, ele sumiu. Mas pude ouvir claramente o que ele havia sussurrado "estarei sempre a sua espera garota, só um descuido do seu anjo e você será minha. Mas não me leve a mal, não é nada pessoal." sua risada diabólica ecoava por minha mente. Um dia meu anjo se descuidaria... mas aquele não era o momento. Ele me apertou mais contra seu peito nú e eu me perdi em seu abraço.