quarta-feira, 30 de junho de 2010

Paradoxos e paradigmas

A tristeza sendo o meu sentimento mais sincero e puro fala por mim a todos os momentos. Mas, revestida por uma máscara, meu eu real fala por códigos inexpressivos. Ao escrever sinto que serei entendida. Por mais que eu queira dizer o que sinto não sai... penso que há algo em mim que não está correto. Ou melhor, alguma coisa está muito errada com tudo o que eu faço e sinto. As vezes é necessário esperar por dias melhores, mas eu sei que devo agir. Nada do que está no papel vai se tornar sólido com pensamentos e idéias. Mas eu simplesmente não sei o que devo fazer. Cada confusão contraditória que paira em minha mente sobrecarregada está repleta de ilusões sinistras completamente diferentes das quais eu me acostumei a conviver. Sinto estar me perdendo lentamente em mim mesma a cada momento em que me deparo com um problema sem solução. Alguém dentro de mim grita "Socorro!" mas eu não consigo responder. Alguém dentro de mim está me pedindo ajuda. Só eu posso resolver meus problemas. Mas por favor alguém me diga porque eu não consigo! Por favor alguém me ensine a me entender! O homem mais sábio do mundo disse "Tudo o que sei é que de nada sei" depois disse "conhece-te a ti mesmo". Certo, a primeira parte é simples, resolvida, mas alguém me diga como executa-se a segunda?

Espero pacientemente por alguém que possa combater minhas dúvidas com certezas. E vou esperar até que ele ou ela chegue e me diga que ficará tudo bem, e que eu não precisarei mais ficar só. Espero pacientemente que tudo se encaixe como em um quebra-cabeças novo no qual todas as peças estão contidadas. Espero por um romântico, espero por um filósofo, espero por um amigo, espero por um amor. Mas acima de tudo, espero me encontrar.


Three Days Grace - Never too late.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Indaga-me.

Acabou. São em momentos como esse que pensar não adianta, são momentos em que palavras não ajudam. Esse é o conjunto de ações e situações que o tempo não reverte. E na verdade, não existe tempo. Para mudar coisas das quais o arrependimento reclama. Perdão? Perdoar não é suficiente para arrancar essa dor do peito. Vingança? Claro, se afundar-se for o objetivo. Cansei de chorar por coisas que não deveriam fazer sentido. Lágrimas de decepção, de um coração torturado que em meu peito sangra por um amor que não conseguiu esquecer. Te pergunto, e o teu amor? Ele existe? Podes tu provar-me? Se como algum tipo de nobre acha que tem o direito de renegar o que sente, então porque sente?Eu gostaria de saber, porque amar? Porque sofrer de amor? Qual a finalidade de tanta confusão? Será que é mesmo necessário?

E a mais importante de todas: Como se sentir vivo sem amor?

Fresno - Cada poça dessa rua.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Crônicas Semanais: Grupos

Se parar pra pensar, vai perceber que tudo a que fazemos parte, está divido em grupos. Assim, fazemos parte de vários grupos sociais que visam um tipo de "Bem maior". Acontece que isso geralmente não inclui a todos. Significativamente as pessoas simplesmente não se importam com nada que não tenha a ver com elas próprias. Cada parte da sociedade está dividida em subgrupos, que por sua vez estão divididos em grupos ainda menores. Por exemplo, a sociedade é o grupo maior, o estado um grupo menor, a escola outro, depois a igreja, a família, e o grupo menor a que você se identifica melhor. No grupo em que você pensa se enquadrar melhor, tem outros grupos menores também. Pessoa após pessoa tentando se encaixar, ou apenas tentando fazer sentido para si própria. O que acontece de verdade é que, não conseguindo se encontrar, elas tentam se definir fazendo parte de um grupo. Por mais que alguém evite fazer parte deles, não vai conseguir, pois, ao não fazer parte deles, vai participar de outro que é o de pessoas que não se encaixam, ou seja, os excluídos.

Agora você deve estar se perguntando de que grupo faz parte, eu te respondo, faz parte do grupo que você julga ser mais conveniente. Não que você seja de todo um interesseiro, mas, como todo bom ser humano, você também defende os seus interesses ao se agrupar com pessoas que pensam ou agem como você. Cabe a você agir de acordo ou não. Se o grupo praticar um crime, cabe a você escolher se vai fazer parte disso ou não, se pra você o crime será conveniente. Se o grupo vai pra uma balada para usar drogas, cabe a você decidir se prefere dançar e apenas curtir "limpo", ou se prefere usar drogas para se sentir mais parte do grupo no qual você gostaria de estar. Por mais que você pense que não, é apenas mais um classificado de um todo a que alguém passou o tempo definindo.

Ainda assim, eu me sinto feliz de fazer parte de um grupo. Mas o tipo de grupo ao qual eu faço parte, não tem a ver com o consumo abusivo de drogas da sociedade, ou os nacionalistas, muito menos é comunista. O meu grupo não é de todo bom, mas nem de longe é ruim. Eu tenho orgulho de dizer que hoje faço parte do meu grupo, em que todos se tratam bem, e me tratam bem, onde entra a questão da conveniência tambem, mas que é muito menor pelo fato de eu realmente me importar com as pessoas que estão ao meu redor. Considero que esse seja talvez o melhor de todos, e qualquer um poderá concordar comigo. No final é ele que importa. No final, só ele faz sentido. Sim, eu estou falando dos Amigos.






Fotografia por: Nath F.

Coldplay - Talk